Espero você não no fim da estrada, mas ao meu lado, enquanto a atravesso.
Quero que segure minha mão por toda a travessia, e não apenas quando eu chegar.
Não quero um abraço de boas vindas, quero beijos pelo caminho.
Não espero congratulações ao final, mas palavras confortadoras enquanto ando.
Que, no fim da linha, eu olhe para trás e veja suas pegadas acompanhando as minhas, e, se por um acaso só houver um par de pés pelo chão, não seja porque andei sozinha, mas dos momentos em que você me carregou no colo.
Júlia Xavier, acadêmica de medicina, bailarina e poetisa.