Era uma vez uma menina boa e pura que queria um homem bom para amar e ser amada. Numa madrugada solitária ela pediu ao seu anjo da guarda: “Anjo, anjo meu, me dê um homem bom para amar e ser amada”. Ela repetia a prece sempre que lembrava. Uma noite o anjo apareceu pra ela e disse que tinha uma simpatia para tal feito: todo dia pela manhã ao acordar deveria dizer: “Eu me amo, eu me amo, eu me amo”. Assim foi feito...
Com o tempo sua vida prosperou: ideias, projetos, paz, alegrias, amizades... Tudo fazia parte da vida da menina e ela se esqueceu de pedir o homem bom ao anjo. Mas um dia, quando menos ela esperava ele apareceu!
Depois de um tempo, angustiada pelo medo de perdê-lo, ela pediu ao seu anjo da guarda: “Anjo, anjo meu, amo e sou amada. Mas não quero perdê-lo, que devo fazer?” Tempo depois o anjo respondeu que tinha uma simpatia para tal feito: toda noite antes de dormir ela deveria dizer: “Eu o amo, eu o amo, eu o amo”. Assim foi feito...
Muitos anos se passaram e a menina (agora velhinha) perguntou ao anjo, curiosa: “Anjo, anjo meu, como sabia que as simpatias funcionariam?” Tempo depois o anjo respondeu: “Você fez por onde acontecer”!
Daniella Salgado, psicanalista em formação, professora, formada em enfermagem.